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"Apophis (nome astronómico 99942 Apophis, previamente catalogado como 2004 MN4 ) é um asteróide descoberto por astrónomos em Junho de 2004, no que foi observada como uma provável rota de colisão com a Terra em 2036.
baptizado com o nome grego do antigo deus egípcio Apep ( O Destruidor), o asteróide Apophis faz parte de um grupo de asteróides chamados de classe Apollo, que tem um eixo orbital inferior a uma unidade astronómica – a distância da Terra ao Sol - em relação à Terra. Foi observado pela primeira vez em 19 de Junho de 2004 pelos astrónomos Roy Tucker, David Tholen e Fabrizio Bernardi do Centro de Controle de Asteróides, fundado pela NASA na Universidade do Havaí e redescoberto em Dezembro daquele ano pelo astrónomo Gordon Garradd, da Austrália.
Estas observações do asteróide, então ainda catalogado como 2004 MN4, levaram às afirmações de que a órbita seguida por ele no espaço o levaria a um impacto directo com a Terra no ano de 2029. Cálculos matemáticos mais refinados feitos nos meses seguintes acabaram eliminando a possibilidade de uma colisão nesta época, mas mantiveram a previsão de que o asteróide passará pela Terra a pequena distância, num buraco gravitacional de cerca de 400m de largura, que o trará novamente ao planeta em 2036, com alguma possibilidade de um impacto directo, (1/43.000 em princípio, já rebaixada a até 1/37 por alguns cientistas) o que o colocou no nível 1 da Escala de Risco de Impacto de Turim.
Apophis está numa órbita em que completa uma volta em torno do Sol a cada 323 dias terrestres e o coloca duas vezes em cruzamento com a órbita da Terra a cada volta completa pelo Sol.
Baseado em estudos sobre o brilho do asteróide no vácuo, os astrónomos calcularam seu tamanho entre 320 e 415 m, e no caso de colisão, o cálculo de sua massa, velocidade, composição e ângulo de entrada na atmosfera seriam suficientes para provocar uma explosão equivalente a 880 megatons de TNT num impacto directo, o que representa 114.000 vezes a energia desprendida pela bomba atómica de Hiroshima e sete vezes mais energia que a desprendida pela explosão do vulcão Krakatoa, na Indonésia, em 1883, capaz de volatilizar completamente uma extensão de terra do tamanho da ilha de Chipre e causar efeitos colaterais na geografia, no clima e no meio ambiente de 1/3 do planeta.
Os últimos estudos astronómicos indicam o dia 13 de Abril de 2036 como o da maior aproximação de Aphopis da Terra, numa distância de passagem de 35.000 km da superfície do planeta,.menor que a de alguns satélites geofísicos artificiais em órbita, mas como existem diversos estudos ainda divergentes, não se pode afirmar com absoluta certeza qual será realmente a distância de sua aproximação, nem eliminar completamente uma possibilidade de impacto. No momento actual, projecções mais precisas continuam sendo feitas e anunciadas regularmente e o Aphopis é hoje o corpo celeste mais vigiado no espaço pela comunidade científica.
Em 2005, o ex-astronauta Russell Schweickart, tripulante da missão Apollo 15, que hoje dirige a Fundação B612 de estudos astronómicos, pediu em audiência ao congresso americano que fosse autorizada uma liberação de fundos a fim de ser enviada uma sonda ao asteróide, no intuito de depositar nele um rádio emissor, de modo que os astrónomos pudessem controlar sua posição correta e seus ângulos exactos de órbita em torno do Sol e da Terra até 2070.
A preocupação de Schweickart e da comunidade de astrofísicos, é a de que a primeira passagem pelo planeta em 2029, deverá causar uma mudança angular na órbita do asteróide, colocando-o numa posição mais favorável a uma colisão na passagem de 2036.
Apesar de a possibilidade de impacto com a Terra não ser significativa, a Planetary Society está oferecendo um prémio de U$ 50,000 para quem apresentar o melhor plano para colocar um rastreador no asteróide ou próximo dele."
Fonte: wikipedia